Mindfulness: uma chave para a felicidade
por Isabelle Bernardes
“Felicidade é algo transmissível, ensinável e estimulável, diferente da alegria que é contagiosa”, afirmou o Professor Jorge Biolchini durante palestra na PUC-Rio. Biolchini é coordenador do Núcleo de Inovação e Tecnologia em Saúde (NITES) e do curso de Plenitude Mental (Mindfulness), oferecido pelo Departamento de Medicina da PUC-Rio.
Inspirada no Dia Internacional da Felicidade, comemorado no dia 20 de março, a Vice-Reitoria Comunitária da universidade criou a “Primeira Semana da Felicidade na PUC-Rio”. Durante toda a semana foram promovidas palestras, atividades culturais, esportivas e lúdicas relacionadas ao tema. O professor do Departamento de Medicina da PUC-Rio Jorge Biolchini foi um dos convidados e ministrou a palestra sobre Mindfulness: uma chave para a felicidade.
Durante sua palestra, o professor discutiu o que é felicidade e como alcançá-la. Alegria, prazer, satisfação e contentamento geralmente são associadas a felicidade, porém esses quatro sentimentos são considerados estados de ânimo, diferentemente de felicidade. Para ele, felicidade é a capacidade humana de ser fértil, ou seja, é mais que um estado de espírito momentâneo, é um processo. É uma capacidade que pode aumentar ou diminuir e que pode vir acompanhada de um ou mais estados de ânimo. Para alcançar a felicidade é preciso alcançar a plenitude.
Mindfulness ou Plenitude Mental consiste na capacidade de plenificar as suas faculdades mentais. Existe um conjunto de técnicas, conhecido como os três pilares, que são capazes de ajudar nessa plenificação e a atenção é a primeira função que deve ser praticada. A intenção é desenvolver a capacidade de definir um objetivo e ter responsabilidade por seu próprio estado corporal, emocional e mental. A atenção plena é uma maneira de exercitar sua presença total na experiência presente, ligada também a sua intenção naquele momento. A atitude é algo receptivo, de compaixão, de aceitação, no sentido positivo da palavra. Ao combinar os três pilares, a pessoa consegue alcançar naturalmente o estado de plenitude mental.
“Existem muitas pessoas que acreditam que para praticar Mindfulness, a pessoa precisa parar de pensar. A grande questão não está em parar de pensar, e sim não deixar que os pensamentos perturbem outros níveis presentes no seu corpo. Então é possível meditar deixando passar os pensamentos, desde de que eles passem como nuvens e não atrapalhem a sua atenção plena”, explicou o professor.