Outubro Rosa da EMPG emociona convidados

por Anna Luiza Lira

A Casa da Medicina da PUC-Rio comemorou o Outubro Rosa e convidou moradoras da Rocinha para um bate papo informativo sobre o câncer de mama. Visando a conscientização das mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce, foi realizada uma roda de conversa conduzida pela mastologista Dra. Thereza Cypreste. O número de casos de câncer de mama aumenta a cada ano. A previsão para 2014 é que surjam 57 mil novos casos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Se diagnosticado no início, as chances de cura são muito elevadas, por isso a importância da realização da mamografia anualmente.

Durante o bate papo, a mastologista destacou que a luta contra a doença é antiga e que a correria do dia a dia da mulher a impede, na maioria das vezes, de fazer o autoexame em casa, seguir a rotina de ir ao médico, fazer a mamografia e retornar ao médico para a avaliação. Durante o bate papo, muitas mulheres se identificaram e afirmaram a falta de tempo.

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Para o professor do curso de Mastologia da Escola Médica de Pós-Graduação (EMPG) da PUC-Rio, Prof. Ricardo Chagas, o mês de outubro já se tornou o mês mundial de conscientização: “quando acontece o evento, existe um aumento da procura nos consultórios e nos serviços públicos. As pessoas querem fazer mamografia, querem consultar, tirar duvidas, e é por isso que se deve fazer (o evento) repetidas vezes. Surte muito efeito fazendo as pessoas guardarem as coisas”, afirmou o doutor.

A conversa foi bastante informativa e interativa, as convidadas puderam tirar dúvidas e contar casos pessoais. Dra. Thereza destacou que o autocuidado com o corpo é algo indispensável. Oitenta por cento das doenças de mama são descobertas “dentro de casa” com um simples toque circular na mama. Com o autoexame e a ida regular ao especialista, é possível detectar o câncer ainda em seu estágio inicial.

Ao final do foram distribuídas mamografias gratuitas para as mulheres com mais de 40 anos de idade. As mamografias foram doadas pelo Decano do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde e coordenador do curso de Radiologia da EMPG, Prof. Hilton Koch. Conter a emoção ao ver as mulheres receberem o vale mamografia foi uma difícil tarefa tanto para elas, quanto para os profissionais que estavam presentes: “Foi um sucesso. Sensacional. Já vi evento de norte a sul do país, e acho que esse foi muito humano, participativo. Foi uma coisa muito íntima e deve ter tocado bem fundo nas mulheres, assim como nos tocou. Não houve distanciamento, pelo contrário, foi bem próximo da população, das pessoas que estavam assistindo”, concluiu o professor Chagas.