Febre chikungunya deixa brasileiros em alerta
por Anna Luiza Lira
Os cuidados com a saúde tendem a aumentar ainda mais no verão, pois com ele vem uma série de problemas como desidratação, insolação, micose, entre outros. Atualmente, o Brasil vem enfrentando a febre chikungunya, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que também transmite a dengue e a febre amarela.
O principal sintoma é a forte dor nas articulações, que podem durar meses, mesmo depois da febre ter ido embora. Em geral, o paciente apresenta sintomas similares ao da dengue, como dor de cabeça, diarreia, vômitos e febre alta. Ao infectar a pessoa, o vírus passa por um período médio de três a sete (podendo chegar a doze) dias de incubação. Ainda não existe tratamento para a doença, apenas remédios que amenizam os sintomas.
Assim como a prevenção da dengue, é possível tomar medidas para prevenir a febre chikungunya, como, por exemplo, evitar deixar a caixa d’água aberta e juntar vasilhames no quintal, colocar areia nos vasos de planta, e passar repelente. Pessoas acima de 65 anos, gestantes e recém-nascidos estão dentro do grupo de risco e precisam de atenção redobrada.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o vírus tinha sido detectado em 19 países desde 2004. Atualmente, no Brasil, o número de casos ultrapassa 800, sendo a maioria deles autóctones, ou seja, transmitidos dentro do país. Com o objetivo de divulgar para a população como evitar a proliferação dos mosquitos e alertar para a gravidade das doenças, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de combate à Dengue e à Chikungunya. “O que nós temos que fazer para prevenir o Chikungunya são exatamente as mesmas coisas que a gente já tem feito para prevenir a dengue” afirmou o Secretário de Vigilância em Saúde Jarbas Barbosa, durante coletiva de imprensa.
Além disso, existe também a ferramenta LIRAa, um mapeamento rápido dos índices de infestação por Aedes aegypti que visa a identificação de criadouros predominantes e a situação de infestação de um município, e permite o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas. Apesar do trabalho feito pelos municípios ser importante, o envolvimento da população continua sendo um dos critérios imprescindíveis de combate à doença.