Ligação entre poluição do ar e desenvolvimento cerebral infantil
Crianças cujas mães foram expostas a maior taxa de dióxido de nitrogênio durante a gravidez, particularmente no primeiro e segundo trimestre, foram mais propensas a ter problemas comportamentais. O estudo publicado na Environmental Health Perspectives também relatou que maiores exposições à poluição atmosférica de partículas de pequeno porte (PM2.5), quando as crianças tinham de 2 a 4 anos associadas ao pior funcionamento comportamental infantil e ao desempenho cognitivo.
Os pesquisadores explicam que é importante entender a ligação entre a exposição ao NO2 e PM2.5 e a poluição no início da vida, pois existem mecanismos biológicos conhecidos que podem ligar a inalação dessas mães a efeitos sobre a placenta e o desenvolvimento cerebral fetal.
Além disso, uma vez que a criança nasce, os primeiros anos são um momento crítico de desenvolvimento cerebral contínuo à medida que o número de conexões neurais explode e o cérebro atinge 90% de seu tamanho adulto futuro. Para crianças pequenas, poluentes inalados que invadem profundamente o pulmão e entram no sistema nervoso central podem causar danos em áreas relevantes para a função comportamental e cognitiva.