Tecnologia inovadora usará sensores inteligentes para garantir a segurança das vacinas
Novo estudo publicado na Communications Medicine permite que desenvolvedores, pela primeira vez no mundo, determinem a segurança das vacinas por meio de sensores inteligentes que medem parâmetros fisiológicos objetivos. Segundo os pesquisadores, a maioria dos ensaios clínicos que testa a segurança de novas vacinas, incluindo as vacinas COVID-19, dependem dos relatórios subjetivos dos participantes, o que pode levar a resultados tendenciosos. Em contraste, os dados fisiológicos objetivos, obtidos através de sensores ligados ao corpo, são claros e inequívocos.
No presente estudo, os pesquisadores demonstraram que sensores inteligentes podem ser usados para testar novas vacinas. Os pesquisadores equiparam voluntários com sensores inovadores e aprovados pela FDA. Anexados aos peitos, esses sensores mediram reações fisiológicas de um dia antes para três dias após o recebimento da vacina. Os sensores inovadores monitoraram 13 parâmetros fisiológicos, tais como: frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação (níveis de oxigênio no sangue), volume de batimentos cardíacos, temperatura, saída cardíaca e pressão arterial.
Os resultados mostraram uma discrepância significativa entre auto-relatos subjetivos sobre efeitos colaterais e medidas reais. Ou seja, em quase todas as medidas objetivas, foram identificadas mudanças significativas após a vacinação, mesmo para indivíduos que relataram não ter reação alguma. Além disso, o estudo constatou que os efeitos colaterais aumentam nas primeiras 48 horas e, em seguida, os parâmetros retornam ao nível medido antes da vacinação. Em outras palavras: uma avaliação direta da segurança da vacina identificou reações fisiológicas durante as primeiras 48 horas, com níveis de restabilização posteriormente.