Tratamento contra malária pode ajudar no combate à COVID-19
Nova pesquisa sobre a malária sugere que alvejar enzimas do hospedeiro humano, em vez do próprio patógeno, pode oferecer um tratamento eficaz para uma variedade de doenças infecciosas, incluindo COVID-19.
O estudo publicado na Nature Communications demonstrou que os parasitas que causam a malária são fortemente dependentes de enzimas nas células vermelhas do sangue, onde os parasitas se escondem e proliferam. Além disso, revelou que medicamentos desenvolvidos para o câncer e que inativam essas enzimas humanas, conhecidas como proteínas quinases, são altamente eficazes em matar o parasita e representam uma alternativa aos medicamentos que têm como alvo o próprio parasita.
Além de permitir o reaproveitamento de medicamentos, eles acreditam que essa abordagem provavelmente reduzirá o surgimento de resistência aos medicamentos, pois o patógeno não pode escapar simplesmente alterando o alvo do medicamento, como é o caso da maioria dos antimaláricos disponíveis atualmente.
Os pesquisadores explicam que essa descoberta já provou ser um sucesso para outros patógenos humanos, incluindo a malária e o vírus da hepatite C, e agora há perspectivas reais de usá-lo para descobrir novos alvos de drogas para a hepatite B e COVID-19.