Autismo e possíveis novos diagnósticos

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Evidências apontam que anormalidades no desenvolvimento cerebral podem ser identificadas precocemente na primeira infância, permitindo intervenções antecipadas de transtornos como o autismo (TEA).

O estudo publicado no Biological Psychiatry: Cognitive Neuroscience and Neuroimaging , da revista Elsevier, sugere que ferramentas de diagnóstico de custo relativamente baixo, como EEG, podem, em um futuro não muito distante, nos ajudar a fazer um trabalho melhor ao identificar o desenvolvimento atípico do cérebro na infância, quando as intervenções podem ser ainda mais impactantes do que quando oferecidas para bebês e crianças pequenas.

Os pesquisadores usaram a eletroencefalografia (EEG), uma técnica não invasiva para medir a atividade elétrica do cérebro de fora da cabeça e rastrear a atividade neural na chamada faixa alfa. A atividade de alcance alfa está associada a conexões de longo alcance no cérebro. O grupo então usou uma abordagem que lhes permitiu integrar dados de todo o cérebro.

Em bebês que mais tarde mostraram sintomas mais elevados de ASD, os pesquisadores observaram uma diminuição da conectividade entre as regiões frontais. Os bebês também mostraram conexões aumentadas em áreas temporoparietais no hemisfério direito, que estão associadas ao processamento de informações sociais. Para os pesquisadores essas descobertas melhoram na compreensão das diferenças neurais que precedem o autismo e mostra quais regiões do cérebro revelam os primeiros sinais de interrupção.

Os autores sugerem que o baixo custo, a ampla disponibilidade e o baixo risco do EEG o tornam uma boa ferramenta de triagem para identificar bebês com maior risco de desenvolver TEA ou aqueles com sintomas "limítrofes", para que recebam intervenção precoce.

Fonte:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2451902220301403?via%3Dihub

Medicina PUC-Rio