Primeira evidência de transmissão intra-uterina do coronavírus
Novas evidências sugerem que o coronavírus pode ser transmitido via intra-uterina (no útero), de acordo com estudo publicado no Jornal de Doenças Infecciosas Pediátricas, da Sociedade Europeia.
O estudo cita o caso de uma menina do Texas que nasceu prematuramente de uma mãe com COVID-19. Baseado em evidências imuno-histoquímicas e ultraestruturais da infecção por SARS-CoV-2 nas células fetais da placenta, os pesquisadores perceberam os primeiros sintomas do vírus na bebê no segundo dia vida, onde ela desenvolveu febre e problemas respiratórios relativamente leves. Ela foi tratada com oxigênio suplementar por vários dias, mas não precisou de ventilação mecânica.
Os testes de COVID-19 permaneceram positivos por até 14 dias. Aos 21 dias, a mãe e o bebê foram enviados para casa em boas condições. Ao analisar a placenta, os pesquisadores perceberam sinais de inflamação dos tecidos. Além disso, testes especializados documentaram a presença de partículas de coronavírus, bem como uma proteína (proteína nucleocapsídica SARS-CoV-2) específica para o vírus COVID-19 nas células fetais da placenta. Juntos, esses achados confirmaram que a infecção era transmitida no útero, e não durante ou após o nascimento.