Sociedade Americana sugere nova idade para mamografia
por Carolina Barbosa
A Sociedade Americana de Câncer divulgou novas recomendações sobre a realização da mamografia para diagnóstico precoce de câncer de mama. As diretrizes foram publicadas na revista especializada Journal of the American Medical Association (JAMA), na terça-feira, dia 20.
Com as novas mudanças, a idade recomendada para início do rastreamento passou de 40 para 45 anos, no caso de mulheres que não têm risco aumentado para a doença.
Segundo a sociedade, a partir dos 55 anos, a mamografia deve ser feita a cada dois anos, mas as pacientes podem continuar realizando o exame anualmente, caso queiram. Essa rotina deve seguir enquanto a mulher estiver com saúde. Não são mais recomendados exames clínicos da mama nem o autoexame, pois pesquisas mostram que eles não trazem um benefício claro para as mulheres. Apesar disso, as mulheres devem ficar atentas à saúde de suas mamas e comunicar ao seu médico sobre qualquer alteração que observarem.
De acordo com o anúncio, as diretrizes mudaram por ter aumentado a idade de início do rastreamento pelo fato de que a mamografia pode, em determinadas condições, detectar tumores que seriam inofensivos, mas cuja investigação envolve testes mais invasivos que ocasionam riscos, dor, ansiedade, entre outros malefícios. Segundo a Sociedade, somente a partir dos 45 anos os benefícios do exame superam seus riscos. No caso das mulheres com familiares que foram diagnosticadas com câncer de mama, a recomendação deve ser personalizada, especialmente no caso das que tenham mutações associadas ao desenvolvimento da doença.
No Brasil, encontramos algumas recomendações diferentes, as duas principais são: do Instituto Nacional do Câncer (INCA), ligado ao governo, indica que o exame seja feito a partir dos 50 até os 70 anos, com intervalo de até dois anos - essa é a recomendação adotada pelo Ministério da Saúde; já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia seja feita todo ano dos 40 até os 70 anos de idade.