Existe um superdiagnóstico em Autismo?
O professor e psiquiatra infantil Fábio Barbirato questiona o cenário atual de diagnósticos na área
Por Maitê Branco Kröeber
O professor e coordenador do Ambulatório de Avaliação e Pesquisa em Autismo da MEDPUC, Dr. Fábio Barbirato, debateu - durante uma palestra na Casa da Medicina da PUC-Rio - sobre o atual cenário de diagnósticos de Autismo na psiquiatria. O tema “Existe um Superdiagnóstico em Autismo?” foi abordado no último dia 26 de abril, durante o evento “Autismo nos Dias de Hoje: Para Pais e Cuidadores”.
Barbirato iniciou a palestra apresentando o seu trabalho no Ambulatório Escola São Lucas e na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, além de contextualizar a história do Autismo nos últimos anos. Assim, ele exemplificou o cenário atual de diagnósticos deste tipo de distúrbio com um artigo, onde enfatizou que acredita na existência de uma “epidemia de diagnósticos errados” e que, embora o aumento de casos notificados de Autismo possa levantar questões sobre o hiper diagnóstico, é essencial considerar vários fatores que contribuem para este aumento como: a expansão dos critérios diagnósticos; a maior conscientização e triagem; e as mudanças nas práticas diagnósticas.
“Eu não avalio critérios. Eu avalio crianças” - Prof. Dr. Fábio Barbirato.
O psiquiatra infantil também destacou a importância de um diagnóstico feito ao decorrer de múltiplos encontros; a dificuldade entre os pais e cuidadores em diferenciar um comportamento autista de um comportamento não aceito socialmente e da complexidade de identificar que “não existe uma terapia melhor, mas sim, uma terapia que não funciona para aquela criança”.
Ficou interessado? Confira mais do que foi abordado no evento “Autismo nos Dias de Hoje: Para Pais e Cuidadores” no nosso Instagram.