Bons relacionamentos ajudam a processar emoções difíceis, afirma estudo
Por Maitê Branco Kroeber
Você sabia que ter bons relacionamentos nos ajudam a processar melhor as emoções difíceis? Essa descoberta foi feita durante um dos estudos científicos mais longos sobre felicidade da história. Conhecido como “O Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto” - iniciado em 1938 na Universidade de Harvard - tem como objetivo principal acompanhar os seus participantes ao longo de suas vidas, monitorando periodicamente suas alegrias e dificuldades, além de seu estado físico e mental.
Agora, 85 anos depois do início da pesquisa, alguns professores já passaram por sua coordenação, que tem como diretor atual o professor de psiquiatria Robert Waldinger. Em entrevista à BBC News Mundo, Waldinger explicou uma de suas maiores descobertas durante o tempo em que conduziu o estudo.
Segundo ele, foi de grande surpresa descobrir que as pessoas que têm relacionamentos mais calorosos permanecem fisicamente mais saudáveis à medida que envelhecem, diminuindo até mesmo a possibilidade de desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2 e doença arterial coronariana.
Para o professor, a hipótese capaz de explicar essa descoberta está na chamada “reação de luta e fuga” - uma reação natural do corpo quando confrontado com situações estressantes, que influencia diretamente em pontos como aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Nesse caso, solidão e isolamento quantificam como situações de estresse, portanto, esses fatores gradualmente desgastam e atacam diferentes sistemas corporais.
Ou seja, ter bons relacionamentos nos ajudam a gerir melhor as emoções porque as relações muitas vezes nos permitem falar sobre o que sentimos. Sentir que pertencemos a um grupo é uma forma de aliviar o estresse. Nunca é tarde para “energizar” as relações ou construir novas conexões para uma vida mais feliz.
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Para ler a entrevista completa com o psiquiatria Robert Waldinger, clique aqui.
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