Obesidade na gravidez aumenta risco de doenças cardiovasculares ao longo da vida na prole
Obesidade materna prejudica a saúde cardíaca e a função do feto, de acordo com um novo estudo publicado no The Journal of Physiology. Os pesquisadores constataram que a obesidade materna causa alterações moleculares no coração do feto e altera a expressão de genes relacionados ao metabolismo de nutrientes, o que aumenta muito o risco de problemas cardíacos na vida posterior.
Este é o primeiro estudo a mostrar que o coração é "programado" pelos nutrientes que recebe na vida fetal. Mudanças na expressão dos genes alteram como o coração normalmente metaboliza carboidratos e gorduras. Eles mudam ainda mais a preferência de nutrientes do coração para a gordura e para longe do açúcar. Como resultado, os corações dos fetos de camundongos obesos eram maiores, pesavam mais, tinham paredes mais grossas e apresentavam sinais de inflamação. Isso prejudica a eficiência do coração e bombeia sangue ao redor do corpo.
A pesquisa indica um mecanismo que liga a obesidade materna à doença cardiometabólica na próxima geração. Isso é importante porque a obesidade está aumentando rapidamente na população humana e afeta quase um terço das mulheres em idade fértil. Ao melhorar a compreensão dos mecanismos envolvidos, esta pesquisa abre caminho para tratamentos que poderiam ser utilizados no início da vida para prevenir doenças cardiometabólicas posteriores, que são caras para os serviços de saúde e afetam a qualidade de vida de muitas pessoas.
Fonte: https://physoc.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1113/JP282462