Risco de aborto pode aumentar durante o verão
Pesquisadores descobriram que o risco de aborto pode aumentar nos meses de verão. O estudo publicado na revista Epidemiology, o estudo investigou diferenças sazonais no risco de aborto e descobriu que as pessoas grávidas na América do Norte tinham um risco 44% maior de um aborto precoce (dentro de oito semanas de gravidez) nos meses de verão - particularmente no final de agosto - do que seis meses antes, em fevereiro. O risco de aborto durante qualquer semana de gravidez foi 31% maior no final de agosto, em comparação com o final de fevereiro. Geograficamente, os resultados mostraram que as gestantes do Sul e centro-oeste, onde os verões são mais quentes, tiveram maior probabilidade de sofrer essa perda no final de agosto e início de setembro, respectivamente.
Esses resultados sugerem que pesquisas adicionais são necessárias para entender os papéis potenciais do calor extremo e outras exposições ambientais ou de estilo de vida em perdas inesperadas de gravidez.
Pesquisas mostram que até 30% das gestações terminam em aborto, definida como perda de gravidez antes das 20 semanas de gravidez. Cerca de metade dos abortos são inexplicáveis, e há poucos fatores de risco conhecidos para essas perdas de gravidez, o que pode levar a transtorno de estresse pós-traumático, depressão e ansiedade.
Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender se o calor extremo e outras exposições específicas estão causando essas tendências sazonais, os pesquisadores dizem que médicos, formuladores de políticas e especialistas em clima já podem tomar medidas para mitigar esses riscos potenciais.