Síndrome de Haff - A doença da urina preta
A Síndrome de Haff é uma doença de contaminação por bactéria, em geral transmitida através do consumo de uma toxina da carne de peixe. Ela é caracterizada pela destruição das proteínas musculares, provocando sintomas como a perda da força física, dor muscular, febre e urina escura.
O diagnóstico da síndrome é feito a partir da dosagem da enzima TGO, que reflete o status de funcionamento do fígado, além da creatinofosfoquinase (CPK), elemento que atua nos músculos e que tem seus níveis elevados quando ocorre esta alteração no tecido. Por ser uma doença aguda, a doença de Haff precisa ser tratada rapidamente para evitar sua evolução e a apresentação de complicações como insuficiência renal ou falência múltipla de órgãos. Em muitos casos, o contaminado precisa ser internado e submetido a hemodiálise, que consiste na substituição dos rins por uma máquina responsável pela filtração das substâncias tóxicas.
Conhecida como “doença da urina preta”, este nome surgiu em razão da destruição do músculo, que acaba liberando uma quantidade anormal de substâncias, incluindo a miogobina, responsável pelo carregamento de oxigênio, o que causa o escurecimento da urina.
O tempo de tratamento varia de pessoa a pessoa e não tem relação com a idade ou capacidade muscular do paciente. Alguns se curam entre duas e três semanas, enquanto outros ficam mais tempo internados.
Apesar dos especialistas saberem que a síndrome é contraída por uma toxina do peixe, ainda não se sabe qual substância exata é a responsável. Cada diagnóstico é feito com base em exames laboratoriais, suspeitas clínicas e coloração da urina, mas objetivamente ainda não se tem uma noção clara sobre a contaminação da doença. Evidências científicas mostram que existem alguns peixes que favorecem o desenvolvimento da doença, como é o caso do arabaiana, badejo, pacu-manteiga, pirapitinga e tambaqui.