Uso de estimulação elétrica não invasiva para dislexia

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O uso da estimulação elétrica não invasiva do cérebro, com o objetivo de restaurar os padrões normais de atividade neural rítmica, pode aliviar os déficits de processamento de som e melhora a precisão de leitura em adultos com dislexia. O estudo publicado no jornal PLOS Biology mostrou que o déficit fonológico na dislexia está associado a mudanças nos padrões rítmicos ou repetitivos da atividade neural, especificamente as chamadas oscilações de "gama baixa" (30 Hz), em uma região de processamento de som do cérebro chamada córtex auditivo esquerdo. Mas uma relação causal entre essas oscilações e a capacidade de processar fonemas não havia sido estabelecida em estudos anteriores.Os pesquisadores aplicaram estimulação transcraniana por corrente alternada (tACS) sobre o córtex auditivo esquerdo em 15 adultos com dislexia e 15 leitores fluentes por um período de 20 minutos. Essa intervenção melhorou imediatamente o processamento fonológico e a acurácia de leitura no grupo de dislexia, especificamente quando a estimulação de 30 Hz (mas não de 60 Hz) foi usada. Curiosamente, o efeito benéfico no processamento fonológico foi mais pronunciado naqueles indivíduos com habilidades de leitura ruins, enquanto um efeito levemente perturbador foi observado em leitores muito bons.

Fonte: https://journals.plos.org/plosbiology/article?id=10.1371/journal.pbio.3000833