Malária atinge Petrópolis
Sergio Schargel
Cinco homens residentes de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, foram diagnosticados com malária entre os meses de janeiro e março. Todos foram medicados e se recuperaram, com o último deles terminando o tratamento até o fim dessa semana. É um aumento considerável no número de enfermos da doença na cidade, que em 2016 atingiu 2 pessoas. Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis afirmou que “a quantidade de casos é aceita dentro dos parâmetros do Ministério da Saúde, portanto, não apresenta riscos à população”.
O município informou que realizou buscas de possíveis focos do mosquito, mas que nada foi encontrado. A orientação para a população é que evite trilhas e áreas rurais nos arredores, já que o mosquito costuma se proliferar em mata fechada. Além disso, é recomendável o uso constante de repelente, já que, ao contrário da febre amarela, não existe uma vacina para a malária. Existem, entretanto, vacinas sendo desenvolvidas em estágio avançado e aplicações testes em humanos têm previsão para serem feitas em 2018 na África Subsaariana.
Apesar de ser transmitida também por um mosquito, não é o Aedes Aegypt. O nome científico do mosquito transmissor da malária é Anopheles stephensi e é muito comum na Amazônia, onde a doença é endêmica. Outro perigo da malária é que em áreas de manifestação rara da enfermidade o paciente acabe sendo diagnosticado erroneamente com dengue, já que não apresenta sintomas específicos e é normalmente detectada em exame de sangue.
Também conhecida como paludismo, a malária é transmitida por um protozoário que utiliza o mosquito como vetor e contamina seres humanos através da picada da fêmea. Após isso, o inseto pica a pessoa contaminada e leva os protozoários para outra pessoa, assim por diante. Os sintomas mais comuns são febre, calafrio, náuseas e hemorragia.