Sessão do Grupo Humanidades debateu como a Medicina deveria ser ensinada
Organizada pelo médico cirurgião Ricardo Cruz, o Grupo Humanidades realizou uma sessão extra na Casa da Medicina, no dia 21 de outubro. “Quebrando tabus: a Medicina como deveria ser ensinada” foi o tema do encontro que reuniu médicos, professores e estudantes de Medicina.
Desde a inauguração do espaço físico da MEDPUC que o Dr. Ricardo Cruz, coordenador do grupo, deseja realizar esta sessão. “O tema e o programa da reunião já estavam definidos há quase um ano. Queremos debater sobre o ensino das Humanidades na graduação médica”, explicou o médico.
O Prof. Hilton Koch coordenou também a sessão e ressaltou a importância da participação dos estudantes. “O assunto humanidades é algo que os alunos não têm acesso na universidade e todas as reuniões que participamos saímos com uma visão importante e diferenciada da rotina do médico. Por isso é importante que os estudantes participem e entendam o que é a humanização na Medicina”, explicou Koch.
A Universidade Estácio de Sá foi a primeira a possuir uma Liga Acadêmica de Humanização, criada em 2014 com a proposta de trazer discussões e vivências diferentes para o ambiente acadêmico. Dois professores integrantes da Liga também participaram como relatoras da sessão. A presidente da Liga e estudante de Medicina, Amanda Machado, contou que foram promovidas diversas atividades ao longo deste ano, como palestras sobre o código de ética do estudante de medicina, terapias alternativas, discriminação em saúde, espiritualidade e saúde mental.
“O nosso objetivo é propor literaturas não-médicas, mais harmoniosas. Queremos trazer mais humanização para esse curso que é tão técnico, tão mecânico. O trabalho é difícil, mas estamos plantando sementes e vamos conseguir ter maior assiduidade em todas as atividades”, falou a estudante Amanda.
Participaram da sessão como comentadores os médicos Alexandre Cardoso, Lilian Scheinkman, Luiz Roberto Londres, Renata Aranha e Sérgio Zaidhaft. O grupo Humanidades na Saúde é formado por mais de 500 profissionais da área da saúde, em sua grande maioria médicos, que se reúnem mensalmente para debater ideias que estimulem a quebra de paradigmas, tocando em assuntos polêmicos e necessários, como “a cura da própria medicina”.