Curso experimental do sistema urinário utiliza a mesa anatômica virtual
Um curso de extensão experimental sobre Anatomia topográfica e funcional do Sistema Urinário foi realizado na Casa da Medicina, no dia 02 de dezembro. Os professores Paulo Henrique Rosado e Marcos Fabio dos Santos, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, preparam um curso com o objetivo de aprofundar o ensino de anatomia através da integração de conceitos básicos e clínicos e da utilização de diferentes métodos, como uso de peças anatômicas plastinadas e a mesa de anatomia virtual.
Os professores foram convidados pela MEDPUC para criarem um modelo de curso que pudesse ser oferecido como complemento de ensino a alunos de graduação na área da saúde. Tendo em vista que era uma primeira atividade realizada com a tecnologia pelos professores, o curso não foi aberto ao público em geral. O objetivo era que eles entendessem quais seriam as melhores aplicações da mesa anatômica para depois explorá-la melhor.
Foi realizado contato com a Liga Acadêmica de Anatomia da UFRJ e eles indicaram 15 alunos dos cursos de Medicina, Fisioterapia, Enfermagem e Educação Física. Todos já possuíam conhecimento prévio de anatomia do sistema urinário, mas tiveram uma breve aula teórica antes de passarem para a mesa anatômica, a fim de garantir um nivelamento básico. “Começamos pelo Sistema Urinário porque é o mais simples para vermos como iria evoluir a aula e agora pensaremos em novos sistemas, como neurológico e gastrointestinal, por exemplo. O módulo por sistemas é uma possibilidade que temos pensado”, explicou o professor Paulo Henrique Rosado.
A experiência foi positiva e os alunos ficaram interessados em participar dos próximos módulos. “Ensinamos anatomia aplicada às correlações clínicas, só que mostramos com mias limitação. Quando utilizamos a mesa, surgiram várias possibilidades que não são possíveis realizar com os métodos tradicionais. Isso deixou os alunos maravilhados”, relatou o professor Marcos Fabio dos Santos.
A anatomia seccional ainda é pouco explorada na universidade e ela é capaz de auxiliar os futuros médicos a interpretarem corretamente exames de imagem. “Percebemos um grande interesse com a possibilidade de correlação da radiologia com a anatomia. É muito melhor visualizar os cortes sagital, coronal e transversal de forma simultânea. Isso dá uma noção tridimensional muito boa”, explicou o professor Paulo.
Os próximos módulos a serem oferecidos já serão divulgados para o público externo e todos que tiverem interesse poderão se inscrever.