Como deve ser o treinamento de habilidades sociais em jovens autistas?

A professora e psicóloga Conceição Fernandes destaca o papel da psicologia no desenvolvimento social de crianças e adolescentes autistas.


Por Maitê Branco Kröeber


Professora e psicóloga Conceição Fernandes durante o evento “Autismo nos Dias de Hoje: Realidades e Mitos” na Casa da Medicina da PUC-Rio.

A professora do curso de Especialização em Avaliação Neuropsicológica e psicóloga formada na área de Neuropsicologia Clínica e Transtorno do Espectro Autista, Conceição Fernandes, ressaltou a necessidade do desenvolvimento de vínculos sociais de jovens autistas durante palestra na Casa da Medicina da PUC-Rio.

Conceição explicou que quando a criança autista não se vincula a alguém - por meio de interações simples como um “bom dia“ ou uma piada - são gerados conflitos - como bater e brigar constantemente - na vida dela, o que a afasta culturalmente de outras pessoas. Por isso, é importante que “links de conexão” entre o indivíduo em questão e os colegas ao seu redor sejam feitos para que o jovem autista não desenvolva sentimentos de solidão e consequentemente uma crença de que “ninguém gosta de mim”. 


O objetivo não é modificar a pessoa ou enquadrá-la dentro do que os pais dela querem. A nossa proposta é gerar funcionalidade e qualidade de vida para as crianças autistas.
— Professora Conceição Fernandes

A professora exemplificou o que foi apresentado por meio de estudos e pesquisas científicas e destacou o uso de vídeos/narrativas e o uso do questionamento socrático para uma modelação mais adequada do comportamento e uma aprendizagem mais reflexiva.